Páginas

terça-feira, 24 de maio de 2011

Enfim, a Janela de Johari

É fato que o desenvolvimento profissional de quem quer se diferenciar no mercado está diretamente ligado ao nível de autoconhecimento que este profissional tem sobre si mesmo. O nome da ferramenta utilizada para promover autoconhecimento é feedback.
Entende-se por feedback o retorno que recebemos de outra pessoa sobre como ela percebe o nosso comportamento. Ou seja, é a percepção do outro, baseada nos filtros que ele possui para apreender o ambiente ao seu redor. Aprenda a primeira lição: você nada pode fazer a respeito, apenas pensar sobre o que ouvi e usar sua sabedoria interior para decidir o que fazer com a informação recebida.
Existe uma parte de nós, do nosso comportamento, que não temos clareza de como ele irá impactar nos outros. A única forma de saber se estamos agindo em acordo com o ambiente em que estamos inseridos e ouvindo a opinião do outro sobre o que estamos fazendo. Isso é feedback. Logo, a boa comunicação entre as pessoas pode ser entendida como sinônimo de dar e receber feedback.
Na década de 50, dois psicólogos americanos (sempre eles!!!), chamados Joseph Luft e Harry Ingham (daí o nome da Janela = Jo+Hari), elaboraram o que ficou conhecido como Janela de Johari.
A Janela de Johari é uma representação de como se dá nossa interação com os outros, seja no ambiente pessoal seja profissional:

Conceitualmente, a janela pode ser assim apresentada:
Eu aberto: corresponde aos comportamentos que temos consciência, sabemos e agimos sobre eles – é conhecido por mim e pelos outros
Eu cego: corresponde aos comportamentos percebidos pelos outros mas, que não são percebidos por nós – é quando temos uma intenção com um comportamento e o outro acaba interpretando de outra forma. Significa que nossa comunicação foi ruim e precisamos da ajuda do outro para melhorá-la (o tal feedback, lembra?)
Eu secreto: são nossos segredos, desejos e pensamentos mais guardados. Às vezes, só aquele melhor-melhor amigo sabe, outras vezes ninguém sabe.
Eu desconhecido: é uma parte de nós que fica no submundo da nossa consciência. Você já deve ter ouvido alguém dizer algo assim: “nunca imaginei que ele fosse capaz de fazer isso”. Pois é! Nem ele. É o desconhecido se manifestando. Gosto de dizer que o “eu desconhecido” é o Hulk, lembra? Aquele cientista pacato, tranquilo, que de repente se transforma num monstro descontrolado? O “eu desconhecido” é nosso lado obscuro, inesperado.
O objetivo da Janela é se movimentar na direção da ampliação do “eu aberto" e diminuição do "eu cego”. Quanto maior for o “eu aberto”, melhor será sua convivência com as pessoas. Isso ocorre porque ampliando o “eu cego” você refina sua comunicação e se torna mais aberto ao diálogo e ao exercício de auto avaliar-se e promover as mudanças necessárias no seu comportamento, a fim de facilitar a convivência. Agora, imagine se tivermos em um ambiente todas as pessoas agindo para melhorar a sua comunicação com os outros e agindo para facilitar a convivência?
É isso que a ferramenta feedback faz: melhora a comunicação entre as pessoas.
Este deveria ser um investimento constante de empresas, escolas, famílias...
Melhorar a comunicação nunca será um prejuízo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

O que você achou deste artigo?